ZERO HORA 24/04/2014 | 13h45
O homem de 33 anos, detido e amarrado por moradores de Florianópolis após um assalto frustrado a uma cafeteria, nega ter cometido outros delitos no mesmo lugar, como afirma a proprietária. Embora tenha duas passagens por roubo e seis por furto, ele diz que nunca havia entrado no estabelecimento que assaltou na manhã desta quinta-feira, no bairro Capoeiras.
O assaltante teria fingido estar armado para roubar uma quantia de aproximadamente R$ 107 e algumas caixinhas de suco do estabelecimento, localizado na rua Najib Jabor. Quando a vítima gritou, seis comerciantes que também abriam lojas na região perceberam o que acontecia e renderam o homem.
Eles o amarram ao corrimão de uma escada e aguardaram a chegada dos policiais militares. A PM encaminhou o assaltante à 3ª Delegacia de Polícia, no Estreito.
— Dormi normalmente essa noite e, quando acordei, saí caminhando até chegar à cafeteria. Foi uma escolha aleatória — relata o detido.
O autor do assalto também nega que o valor roubado ultrapasse os R$ 10, como informaram a polícia e os proprietários da cafeteria. Indagado sobre o que faria com as caixinhas de suco, disse que pretendia vender para comprar crack:
— Eles trocam qualquer coisa pelo crack. Se faltar R$ 2 e você oferecer a camisa, eles compram.
Ele conta que é usuário de crack há cerca de oito meses e que, nesse período, perdeu trabalhos, vendeu um carro e saiu da casa da mãe, com quem morava.
— Fumei tudo o que tinha, cometi um erro e preciso de tratamento.
Pai de vítima não defende "justiceiros"
O pai da garota assaltada nesta quinta-feira participou da detenção do assaltante, mas não concorda com quem faz "justiça com as próprias mãos". Ele conta que o homem foi amarrado para evitar que fugisse, e não para humilhá-lo.
A corda usada estava no carro do pai da vítima. Na delegacia, os policiais constataram que o assaltante não apresenta sinais de agressão.
— Sozinho, eu não faria isso. Foi uma coisa de momento. Mas a Justiça solta as pessoas rapidamente, quem não se sente amedrontado hoje em dia? — questiona o pai.
A cafeteria existe desde janeiro de 2012 e já sofreu três assaltos e dois arrombamentos nesse tempo. A proprietária diz que está pensando em fechar o estabelecimento depois de ser assaltada novamente.
DIÁRIO CATARINENSE
"Eles trocam qualquer coisa por crack, eu preciso de tratamento", diz assaltante amarrado em Florianópolis. Homem diz que é usuário de crack e que nunca havia entrado no estabelecimento que assaltou
"Fumei tudo o que tinha", diz usuário de crack que assaltou comércio na CapitalFoto: Guto Kuerten / Agencia RBS
"Fumei tudo o que tinha", diz usuário de crack que assaltou comércio na CapitalFoto: Guto Kuerten / Agencia RBS
O homem de 33 anos, detido e amarrado por moradores de Florianópolis após um assalto frustrado a uma cafeteria, nega ter cometido outros delitos no mesmo lugar, como afirma a proprietária. Embora tenha duas passagens por roubo e seis por furto, ele diz que nunca havia entrado no estabelecimento que assaltou na manhã desta quinta-feira, no bairro Capoeiras.
O assaltante teria fingido estar armado para roubar uma quantia de aproximadamente R$ 107 e algumas caixinhas de suco do estabelecimento, localizado na rua Najib Jabor. Quando a vítima gritou, seis comerciantes que também abriam lojas na região perceberam o que acontecia e renderam o homem.
Eles o amarram ao corrimão de uma escada e aguardaram a chegada dos policiais militares. A PM encaminhou o assaltante à 3ª Delegacia de Polícia, no Estreito.
— Dormi normalmente essa noite e, quando acordei, saí caminhando até chegar à cafeteria. Foi uma escolha aleatória — relata o detido.
O autor do assalto também nega que o valor roubado ultrapasse os R$ 10, como informaram a polícia e os proprietários da cafeteria. Indagado sobre o que faria com as caixinhas de suco, disse que pretendia vender para comprar crack:
— Eles trocam qualquer coisa pelo crack. Se faltar R$ 2 e você oferecer a camisa, eles compram.
Ele conta que é usuário de crack há cerca de oito meses e que, nesse período, perdeu trabalhos, vendeu um carro e saiu da casa da mãe, com quem morava.
— Fumei tudo o que tinha, cometi um erro e preciso de tratamento.
Pai de vítima não defende "justiceiros"
O pai da garota assaltada nesta quinta-feira participou da detenção do assaltante, mas não concorda com quem faz "justiça com as próprias mãos". Ele conta que o homem foi amarrado para evitar que fugisse, e não para humilhá-lo.
A corda usada estava no carro do pai da vítima. Na delegacia, os policiais constataram que o assaltante não apresenta sinais de agressão.
— Sozinho, eu não faria isso. Foi uma coisa de momento. Mas a Justiça solta as pessoas rapidamente, quem não se sente amedrontado hoje em dia? — questiona o pai.
A cafeteria existe desde janeiro de 2012 e já sofreu três assaltos e dois arrombamentos nesse tempo. A proprietária diz que está pensando em fechar o estabelecimento depois de ser assaltada novamente.
DIÁRIO CATARINENSE