Do G1 Santos 07/04/2014 12h04
Empresário de jogadores é suspeito de chefiar quadrilha de tráfico. Operação da PF prendeu 20 pessoas que atuavam no Porto de Santos. Empresa de agente afirma que está à disposição das autoridades.
O empresário de jogadores de futebol Ângelo Marcos da Silva é suspeito de comandar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Uma operação da Polícia Federal ocorrida na última semana já prendeu 20 pessoas, mas outras 11 continuam foragidas, de acordo com reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil desta segunda-feira (7).
Empresário de jogadores é suspeito de comandar
quadrilha de tráfico (Foto: Reprodução/TV Globo)
De acordo com a Polícia Federal (PF), o empresário era coordenador da quadrilha. Ele fazia contatos com fornecedores de cocaína e controlava a qualidade da droga. A PF monitorou mensagens do empresário – que já está preso – com outros membros do grupo, o que comprovaria a participação de Silva no esquema responsável por levar cocaína para o exterior.
Em uma dessas gravações, Silva combina com um comparsa a compra de um carregamento de droga. O empresário fala para o rapaz mandar uma foto, e o outro obedece. A cocaína vinha desenhada, como uma espécie de código. "Essa é uma forma de eles identificarem a qual organização pertence aquela droga que está sendo encaminhada e exportada para fora do Brasil", explica o delegado da Polícia Federal Reinaldo Campos Sperandio.
O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda, responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, não apontam elo entre o agenciamento dos atletas e o tráfico de drogas.
Silva foi policial militar durante cinco anos. Ele trabalhou no 2° Batalhão de Choque de São Paulo e foi expulso em 1997 por roubo. Em outubro do ano passado, virou sócio da empresa Plus Sports, que gerencia a carreira de jogadores de futebol. A Polícia Federal acredita que parte do dinheiro usado na compra da sociedade veio do lucro que a quadrilha tinha com o tráfico de drogas no Porto de Santos. Ainda segundo a PF, um barco no valor de R$ 5 milhões foi comprado com o dinheiro da cocaína. As investigações também se concentram em outros bens, como casas e empresas, para saber se eles foram comprados ou não com a venda de drogas.
Em nota, a Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades para ajudar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar sobre o assunto. Ainda segundo a empresa, o advogado de Silva não quer gravar entrevista.
Também por meio de nota, o Flamengo informou que a contratação de Negueba não foi negociada com o empresário preso, e sim com o advogado do jogador. Já o Corinthians não quis se pronunciar sobre o caso.
Operação
Na última segunda-feira (31), a Polícia Federal (PF) cumpriu 46 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas que fazem tráfico internacional de drogas utilizando o Porto de Santos como acesso para o exterior.
Além dos presos, foram apreendidos mais de 3,7 toneladas de cocaína, 230 mil euros (R$ 721 mil) em dinheiro, 10 veículos, uma lancha, 19 armas curtas e dois fuzis. Segundo a PF, essa foi uma das maiores apreensões da história do Porto de Santos. As operações Hulk e Oversea começaram em maio do ano passado, e o total de cocaína divulgado é a soma da quantidade da droga apreendida nesse período, somando-se todas as operações.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e Cuba. Ainda de acordo com a PF, a droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não provocar suspeitas.
Segundo os delegados Reinaldo Sperandio e Ivo Roberto, responsáveis pela divulgação da operação, as investigações começaram em maio de 2013. "Não havia facilitação. Eles tinham um esquema. De qualquer forma, nossa investigação apontou que não havia participação de funcionários dos terminais portuários no esquema", diz Sperandio.
Ainda de acordo com Sperandio, a quadrilha também tem participação em vários crimes na cidade de São Paulo. "No último ano, foram apreendidas 4 toneladas de cocaína. Essa é a maior dos últimos tempos, mas ainda vamos levantar para ver se existiram outras dessas. Tivemos prisões na Baixada Santista, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul", afirma o delegado.
Policia Federal apreendeu grande quantia em dinheiro (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Corrente de ouro foi apreendida durante operação (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Quase 4 toneladas de cocaína foram apreendidas (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
No total, foram apreendidas 3,7 toneladas de cocaína (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
saiba mais
quadrilha de tráfico (Foto: Reprodução/TV Globo)
De acordo com a Polícia Federal (PF), o empresário era coordenador da quadrilha. Ele fazia contatos com fornecedores de cocaína e controlava a qualidade da droga. A PF monitorou mensagens do empresário – que já está preso – com outros membros do grupo, o que comprovaria a participação de Silva no esquema responsável por levar cocaína para o exterior.
Em uma dessas gravações, Silva combina com um comparsa a compra de um carregamento de droga. O empresário fala para o rapaz mandar uma foto, e o outro obedece. A cocaína vinha desenhada, como uma espécie de código. "Essa é uma forma de eles identificarem a qual organização pertence aquela droga que está sendo encaminhada e exportada para fora do Brasil", explica o delegado da Polícia Federal Reinaldo Campos Sperandio.
O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda, responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, não apontam elo entre o agenciamento dos atletas e o tráfico de drogas.
Silva foi policial militar durante cinco anos. Ele trabalhou no 2° Batalhão de Choque de São Paulo e foi expulso em 1997 por roubo. Em outubro do ano passado, virou sócio da empresa Plus Sports, que gerencia a carreira de jogadores de futebol. A Polícia Federal acredita que parte do dinheiro usado na compra da sociedade veio do lucro que a quadrilha tinha com o tráfico de drogas no Porto de Santos. Ainda segundo a PF, um barco no valor de R$ 5 milhões foi comprado com o dinheiro da cocaína. As investigações também se concentram em outros bens, como casas e empresas, para saber se eles foram comprados ou não com a venda de drogas.
Em nota, a Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades para ajudar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar sobre o assunto. Ainda segundo a empresa, o advogado de Silva não quer gravar entrevista.
Também por meio de nota, o Flamengo informou que a contratação de Negueba não foi negociada com o empresário preso, e sim com o advogado do jogador. Já o Corinthians não quis se pronunciar sobre o caso.
Operação
Na última segunda-feira (31), a Polícia Federal (PF) cumpriu 46 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas que fazem tráfico internacional de drogas utilizando o Porto de Santos como acesso para o exterior.
Além dos presos, foram apreendidos mais de 3,7 toneladas de cocaína, 230 mil euros (R$ 721 mil) em dinheiro, 10 veículos, uma lancha, 19 armas curtas e dois fuzis. Segundo a PF, essa foi uma das maiores apreensões da história do Porto de Santos. As operações Hulk e Oversea começaram em maio do ano passado, e o total de cocaína divulgado é a soma da quantidade da droga apreendida nesse período, somando-se todas as operações.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e Cuba. Ainda de acordo com a PF, a droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não provocar suspeitas.
Segundo os delegados Reinaldo Sperandio e Ivo Roberto, responsáveis pela divulgação da operação, as investigações começaram em maio de 2013. "Não havia facilitação. Eles tinham um esquema. De qualquer forma, nossa investigação apontou que não havia participação de funcionários dos terminais portuários no esquema", diz Sperandio.
Ainda de acordo com Sperandio, a quadrilha também tem participação em vários crimes na cidade de São Paulo. "No último ano, foram apreendidas 4 toneladas de cocaína. Essa é a maior dos últimos tempos, mas ainda vamos levantar para ver se existiram outras dessas. Tivemos prisões na Baixada Santista, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul", afirma o delegado.
Policia Federal apreendeu grande quantia em dinheiro (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Corrente de ouro foi apreendida durante operação (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Quase 4 toneladas de cocaína foram apreendidas (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
No total, foram apreendidas 3,7 toneladas de cocaína (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
saiba mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário