ZERO HORA 8 de outubro de 2013 | N° 17577
CARLOS WAGNER
Tráfico em escolas na mira da polícia
Agentes já prenderam 300 vendendo drogas nas imediações de colégios
O Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc) comemorou ontem uma prisão simbólica. Infiltrados entre adolescentes, investigadores envolvidos na operação Anjos da Lei detiveram um traficante que atuava nas imediações de uma escola na zona norte de Porto Alegre. Em dois anos e quatro meses, é o 300º criminoso especializado em vender drogas para estudantes que é retirado das ruas.
– A nossa estratégia é dar o máximo de visibilidade possível as nossas ações. Tanto que estamos usando a Semana da Criança para apertar o cerco aos traficantes de porta de escola – diz o delegado Heliomar Franco, diretor de investigação do Denarc, salientando que 40 suspeitos estão na mira dos policiais.
A presença de um jovem de 26 anos, nos arredores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Osvaldo Vergara, na Zona Norte, havia sido denunciada pela comunidade. Machado foi surpreendido e preso pela equipe da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (1ª DIN), um dos braços do Denarc. Os agentes da Anjos da Lei usam diferentes técnicas de investigação. Uma delas é a infiltração entre os adolescentes para conseguirem separar os usuários dos traficantes. Pela contabilidade do delegado Franco, nos dois anos e cinco meses de operação, foram apreendidos em torno de 10 quilos de drogas, principalmente maconha e crack.
– A quantidade de droga é pequena. Mas o estrago que o traficante faz aliciando novos consumidores nas escolas é enorme. Portanto, o foco da nossa ação é justamente a neutralização do aliciador, o que não é um trabalho fácil, devido às particularidades do ambiente escolar – descreve o delegado.
Os criminosos agem na maioria das escolas da cidade, tanto nas públicas quanto nas particulares. Pelas investigações da polícia, nas escolas particulares os traficantes têm dificuldade em ter acesso às instalações. Então, se alojam em praças e lugares vizinhos. Em escolas pública, porém, eles misturam-se com mais facilidade entre os alunos. Nestes dois anos e meio da Anjos da Lei, os policiais já traçaram um perfil desse tipo de criminoso.
– Ele é jovem e, na maioria das vezes, tornou-se vendedor de drogas para sustentar o seu vício. Muitos deles são ex-alunos da escola onde estão traficando. O que facilita a sua ação, porque conhece a todos – descreve Franco.
Conforme Franco, Anjos da Lei se iniciou em 2011 quando uma professora da periferia de Porto Alegre entrou no seu escritório e colocou em cima da mesa um papelote de cocaína. O relato comoveu o policial, que passou a coordenar a infiltração de agentes em escolas para descobrir traficantes.
Tráfico em escolas na mira da polícia
Agentes já prenderam 300 vendendo drogas nas imediações de colégios
O Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc) comemorou ontem uma prisão simbólica. Infiltrados entre adolescentes, investigadores envolvidos na operação Anjos da Lei detiveram um traficante que atuava nas imediações de uma escola na zona norte de Porto Alegre. Em dois anos e quatro meses, é o 300º criminoso especializado em vender drogas para estudantes que é retirado das ruas.
– A nossa estratégia é dar o máximo de visibilidade possível as nossas ações. Tanto que estamos usando a Semana da Criança para apertar o cerco aos traficantes de porta de escola – diz o delegado Heliomar Franco, diretor de investigação do Denarc, salientando que 40 suspeitos estão na mira dos policiais.
A presença de um jovem de 26 anos, nos arredores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Osvaldo Vergara, na Zona Norte, havia sido denunciada pela comunidade. Machado foi surpreendido e preso pela equipe da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (1ª DIN), um dos braços do Denarc. Os agentes da Anjos da Lei usam diferentes técnicas de investigação. Uma delas é a infiltração entre os adolescentes para conseguirem separar os usuários dos traficantes. Pela contabilidade do delegado Franco, nos dois anos e cinco meses de operação, foram apreendidos em torno de 10 quilos de drogas, principalmente maconha e crack.
– A quantidade de droga é pequena. Mas o estrago que o traficante faz aliciando novos consumidores nas escolas é enorme. Portanto, o foco da nossa ação é justamente a neutralização do aliciador, o que não é um trabalho fácil, devido às particularidades do ambiente escolar – descreve o delegado.
Os criminosos agem na maioria das escolas da cidade, tanto nas públicas quanto nas particulares. Pelas investigações da polícia, nas escolas particulares os traficantes têm dificuldade em ter acesso às instalações. Então, se alojam em praças e lugares vizinhos. Em escolas pública, porém, eles misturam-se com mais facilidade entre os alunos. Nestes dois anos e meio da Anjos da Lei, os policiais já traçaram um perfil desse tipo de criminoso.
– Ele é jovem e, na maioria das vezes, tornou-se vendedor de drogas para sustentar o seu vício. Muitos deles são ex-alunos da escola onde estão traficando. O que facilita a sua ação, porque conhece a todos – descreve Franco.
Conforme Franco, Anjos da Lei se iniciou em 2011 quando uma professora da periferia de Porto Alegre entrou no seu escritório e colocou em cima da mesa um papelote de cocaína. O relato comoveu o policial, que passou a coordenar a infiltração de agentes em escolas para descobrir traficantes.
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