COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CONEXÃO PARAGUAIA


zero hora 17 de outubro de 2013 | N° 17586


Traficante abastecia a Região Metropolitana


Condenada a 14 anos e cinco meses por tráfico e associação ao tráfico e com prisão decretada para cumprimento da pena desde janeiro, uma criminosa procurada pela Interpol (a polícia internacional) continuava atuando no atacado da venda de maconha para a Serra e a Região Metropolitana.

Aafirmação sobre a catarinense Sonia Regina Gomes, 36 anos, presa terça-feira pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em São Marcos, é do chefe da delegacia da Polícia Federal (PF) na Serra, Noerci da Silva Melo.

Um dos alvos prioritários da Operação Santa Fé, desenvolvida em 2012 pela Polícia Federal, Brigada Militar (BM) e pelo Ministério Público Estadual (MPE), Sonia chegou a ser presa em flagrante enquanto comandava um comboio com quatro carros na fronteira do Brasil com o Paraguai. A prisão ocorreu em Foz do Iguaçu, cidade do oeste paranaense que faz fronteira com Ciudad del Este. Foram apreendidos 2,3 toneladas de maconha.

– Na saída de Foz do Iguaçu, nós apreendemos a droga e os quadrilheiros, mas ela escapou – conta o delegado Noerci Silva Melo, da PF de Caxias do Sul, na Serra.

Catarinense era chefe de quadrilha na serra gaúcha

Sonia é considerada atacadista (pessoa que leva grande quantidade de droga) e operava no eixo do tráfico formado por Ciudad del Este, Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Porto Alegre. O delegado a descreve como sendo uma traficante experiente e muito esperta. Em novembro, na Operação Santa Fé, agentes cumpriram 15 mandados, capturaram 13 pessoas e apreenderam um total de 4,7 toneladas de maconha, além de veículos. Sonia não foi localizada e passou a figurar na lista da Interpol.

– Ela ia para Foz do Iguaçu quando tinha uma grande negociação ou precisava gerenciar alguma operação. Não temos nenhum outro (comparsa) identificado. Vínhamos buscando informações e vamos continuar vendo outras pessoas – afirma Noerci.

Conforme o delegado, o esquema gerenciado por Sonia existia há cerca de cinco anos, tempo em que ela também atuava na cidade serrana, onde morou e tem parentes, no bairro também chamado de Santa Fé, na Zona Norte caxiense.

ANDRÉ FIEDLER E CARLOS WAGNER





Capturada em uma blitz de rotina

A caçada à traficante internacional teve fim em uma singela blitz de rotina na BR-116, em São Marcos. Eram cerca de 17h15min de terça-feira quando dois agentes da PRF pararam um Astra, com placas de Arroio do Tigre, no km 216, próximo à antiga praça de pedágio. Sonia Regina Gomes, era caroneira do carro, conduzido por um homem de 40 anos.

Ao parar o veículo, agentes solicitaram os documentos do homem e constataram que ele tinha diversos antecedentes criminais. O carro tinha licenciamento vencido. Os policiais pediram a carteira de identidade e a de habilitação da mulher, procedimento comum para identificar todos os ocupantes dos veículos abordados pela PRF. Ela entregou os documentos em nome de Rejane Salete de Souza. Enquanto conferiam, os policiais perceberam que a textura e a cor dos papéis eram diferentes. Na bolsa, ela carregava R$ 3.839.

A foragida tinha três mandados de prisão contra ela, todos por envolvimento com tráfico de drogas, um deles com vencimento em fevereiro de 2033. O advogado Luís Fernando Possamai, que assumiu a defesa da presa, disse que Sonia pediu para que ele conferisse a situação dela com a Justiça.

– A ideia, em princípio, é atuar nesse processo de falsificação de documentos. Hoje (ontem) não adianta pedir liberdade, porque ela já tem uma condenação que tem de cumprir – explicou.

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