COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

REDE DE PRODUÇÃO DE ECSTASY


ZERO HORA 28 de novembro de 2013 | N° 17628

COMBATE AO TRÁFICO

Polícia desarticula rede de produção de ecstasy

Foram feitas 30 prisões e houve apreensão de máquina que produzia droga


A polícia desarticulou ontem uma rede de produção e distribuição de ecstasy na região metropolitana de Porto Alegre. Com a Operação Rede, realizada pela 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária em Porto Alegre, Viamão e Canoas. Ao todo, a polícia realizou 30 prisões desde o início da ação.

Aoperação investigou, durante seis meses, quadrilhas da Região Metropolitana que atuam de uma forma não usual, conforme o titular da 3ª DIN, delegado Marcus Viafore. Os criminosos se organizavam em rede, daí o nome da operação. Eram formadas diversas associações de tráfico na produção, transporte e distribuição das drogas, em destaque o ecstasy.

– São quadrilhas que não têm uma relação hierárquica. Muitas vezes, alguém trazia os comprimidos de Santa Catarina e vendia para uma rede de distribuição, que repassava ao varejo, que, por sua vez, negociava com os consumidores. Muitas vezes, quem vendia eram jovens de classe média e até alta – conta Viafore.

Ao longo da investigação, foi descoberto um laboratório de ecstasy na Vila Santa Maria, bairro Rubem Berta, na Capital. Além de prender 12 suspeitos, foi apreendida uma máquina de produção de ecstasy e 700 comprimidos da droga, maconha, cocaína e crack.

As ramificações de grupos criminosos se espalhavam por várias células de Porto Alegre e Região Metropolitana. Os principais pontos de distribuição eram festas rave e boates em geral, diz Viafore. E o consumo deste tipo de droga é feito por “um seleto grupo”, afirma o delegado.

Entre os presos na Operação Rede estão um homem natural da Bulgária, mas naturalizado brasileiro e um militar da Base Aérea de Canoas. Eles são suspeitos de integrarem grupos que recebiam a droga vinda de Santa Catarina e repassarem no varejo.

Um dos responsáveis pela distribuição dos comprimidos fabricados em cidades catarinenses, principalmente em Florianópolis, conforme revelou reportagem do Diário Catarinense em agosto deste ano, foi preso em casa em Águas Claras, em Viamão. Ao todo, 18 pessoas foram detidas na ação.

Conforme o delegado Viafore, o homem era um dos fornecedores do jovem búlgaro, que estudava Administração na PUCRS e morava no bairro Higienópolis, na Capital.

– É um perfil bem condizente com o tipo de traficante que trabalha com esse tipo de droga. O búlgaro fazia parte dessa rede. Recebia o produto de Santa Catarina e tinha vários contatos, ou seja, sua rede no Estado.



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