CORREIO DO POVO, 07/11/2013 10:57
Uso de droga foi um dos estopins do crime, afirma delegado
Após jogar mulher pela janela, homem ateou fogo a apartamento, matando duas crianças e um vizinho
Uso de droga foi um dos estopins do crime, afirma delegado
Crédito: André Ávila
Um conjunto de fatores teria contribuído para a tragédia em que morreram duas crianças e um idoso na madrugada desta quinta-feira na zona Norte de Porto Alegre. Mas de acordo com o titular da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado João Paulo de Abreu, "o uso da droga foi um dos estopins" do crime. Em entrevista à Rádio Guaíba, o delegado contou com riqueza de detalhes o depoimento do jovem de 22 anos que, após espancar e atirar a mulher de 19 anos pela janela, ateou fogo ao apartamento onde estavam os dois filhos dela.
Segundo o delegado Abreu, as brigas entre o casal eram constantes e o desentendimento ganhou ainda mais força com o término do relacionamento. "Ele não aceitou o fim da relação. Ainda durante a noite dessa quarta-feira, eles discutiram e ele saiu para comprar cocaína. Quando retornou, já sob efeito da droga, ele trancou as portas do imóvel e passou a agredir a mulher, enquanto os filhos estavam no quarto", disse.
Após o incêndio, Abreu acompanhou a mãe das duas crianças até o Hospital Cristo Redentor e lá conheceu mais detalhes do que ocorreu no apartamento da avenida Panamericana, no bairro Jardim Lindóia. "Segundo ela, durante as agressões, ele a colocou sobre um sofá-cama que fica na sala e sentou sobre ela. O jovem ainda puxou o pescoço para tentar quebrar e foi nesta hora em que ela perdeu os sentidos", comentou. "Ela voltou a si com o apartamento já em chamas e se deu conta que estava caindo do prédio. Só que o que a jovem não percebeu é que na realidade ela tinha sido empurrada do terceiro andar do prédio", acrescentou.
Logo depois de tomar conhecimento do crime, o delegado Abreu recordou que no primeiro momento o entendimento dos policiais militares e até da Polícia Civil era de que o incêndio tinha ocorrido por algum acidente dentro da casa. "O suspeito saiu do apartamento e tentou se passar por vítima. Mais tarde, no depoimento, ele tentou dizer que quem provocou o fogo foi a mulher, mas depois caiu em si e foi informado de que as crianças morreram. O rapaz ficou desesperado e contou a verdade, inclusive admitindo que empurrou a companheira do prédio", explicou.
Após o incêndio, a jovem está hospitalizada no Cristo Redentor em estado grave, com queimaduras e fraturas. Segundo, a assessoria de imprensa da instituição, ela está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
"Salvem as crianças", disse jovem
A subsíndica do prédio onde a família morava, Iracema Ciceri, conversou com a reportagem do Correio do Povo e lembrou que havia visto o suspeito com as crianças nessa quarta-feira. "Parece que não acordei ainda, porque ontem eu vi ele brincando com as crianças. A "menina" sempre foi super amorosa com elas. Mais tarde, todos entraram para o apartamento e por volta das 17h começou a briga", disse.
Iracema relatou que chegou a ver a jovem logo depois de ter sido jogada do próprio apartamento. "Ela estava agonizando, com parte do rosto queimado e algumas fraturas pelo corpo. Ela dizia: 'Salvem as crianças, as minhas crianças estão lá'", recordou.
De acordo com a subsíndica, o idoso Mario Ênio Pagliarini, que morreu no incêndio, podia ter escapado das chamas, mas tentou salvar as crianças. "O vizinho vinha descendo as escadas, mas quando ouviu os bombeiros, decidiu retornar para pegá-las. Era um senhor de idade e não sabemos se ele morreu por inalar a fumaça ou por outra coisa", afirmou.
Uso de droga foi um dos estopins do crime, afirma delegado
Após jogar mulher pela janela, homem ateou fogo a apartamento, matando duas crianças e um vizinho
Uso de droga foi um dos estopins do crime, afirma delegado
Crédito: André Ávila
Um conjunto de fatores teria contribuído para a tragédia em que morreram duas crianças e um idoso na madrugada desta quinta-feira na zona Norte de Porto Alegre. Mas de acordo com o titular da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado João Paulo de Abreu, "o uso da droga foi um dos estopins" do crime. Em entrevista à Rádio Guaíba, o delegado contou com riqueza de detalhes o depoimento do jovem de 22 anos que, após espancar e atirar a mulher de 19 anos pela janela, ateou fogo ao apartamento onde estavam os dois filhos dela.
Segundo o delegado Abreu, as brigas entre o casal eram constantes e o desentendimento ganhou ainda mais força com o término do relacionamento. "Ele não aceitou o fim da relação. Ainda durante a noite dessa quarta-feira, eles discutiram e ele saiu para comprar cocaína. Quando retornou, já sob efeito da droga, ele trancou as portas do imóvel e passou a agredir a mulher, enquanto os filhos estavam no quarto", disse.
Após o incêndio, Abreu acompanhou a mãe das duas crianças até o Hospital Cristo Redentor e lá conheceu mais detalhes do que ocorreu no apartamento da avenida Panamericana, no bairro Jardim Lindóia. "Segundo ela, durante as agressões, ele a colocou sobre um sofá-cama que fica na sala e sentou sobre ela. O jovem ainda puxou o pescoço para tentar quebrar e foi nesta hora em que ela perdeu os sentidos", comentou. "Ela voltou a si com o apartamento já em chamas e se deu conta que estava caindo do prédio. Só que o que a jovem não percebeu é que na realidade ela tinha sido empurrada do terceiro andar do prédio", acrescentou.
Logo depois de tomar conhecimento do crime, o delegado Abreu recordou que no primeiro momento o entendimento dos policiais militares e até da Polícia Civil era de que o incêndio tinha ocorrido por algum acidente dentro da casa. "O suspeito saiu do apartamento e tentou se passar por vítima. Mais tarde, no depoimento, ele tentou dizer que quem provocou o fogo foi a mulher, mas depois caiu em si e foi informado de que as crianças morreram. O rapaz ficou desesperado e contou a verdade, inclusive admitindo que empurrou a companheira do prédio", explicou.
Após o incêndio, a jovem está hospitalizada no Cristo Redentor em estado grave, com queimaduras e fraturas. Segundo, a assessoria de imprensa da instituição, ela está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
"Salvem as crianças", disse jovem
A subsíndica do prédio onde a família morava, Iracema Ciceri, conversou com a reportagem do Correio do Povo e lembrou que havia visto o suspeito com as crianças nessa quarta-feira. "Parece que não acordei ainda, porque ontem eu vi ele brincando com as crianças. A "menina" sempre foi super amorosa com elas. Mais tarde, todos entraram para o apartamento e por volta das 17h começou a briga", disse.
Iracema relatou que chegou a ver a jovem logo depois de ter sido jogada do próprio apartamento. "Ela estava agonizando, com parte do rosto queimado e algumas fraturas pelo corpo. Ela dizia: 'Salvem as crianças, as minhas crianças estão lá'", recordou.
De acordo com a subsíndica, o idoso Mario Ênio Pagliarini, que morreu no incêndio, podia ter escapado das chamas, mas tentou salvar as crianças. "O vizinho vinha descendo as escadas, mas quando ouviu os bombeiros, decidiu retornar para pegá-las. Era um senhor de idade e não sabemos se ele morreu por inalar a fumaça ou por outra coisa", afirmou.
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