EDUARDO TORRES
TRAGÉDIA FAMILIAR. Brutalidade de crime, em Guaíba, surpreendeu parentes, amigos e policiais
Diante dos policiais, na Delegacia da Polícia Civil de Guaíba, Dean Patrick de Souza Figueiredo, 19 anos, chorou, arrependido. Depois de mais de duas horas de depoimento, garantiu não se lembrar o momento exato em que esfaqueou os pais Darcílio Guterres Figueiredo, 53 anos (atingido quatro vezes na nuca), e Belonir Terezinha de Souza, 50 anos (esfaqueada oito vezes entre as mãos, o peito e o rosto). Eles foram encontrados no banheiro do imóvel onde residiam, no bairro Logradouro, em Guaíba
Na conversa com os policiais, Dean contou que retornou para casa, no sábado à noite, e encontrou os pais assistindo televisão. Foi à cozinha, colocou água para ferver e “apagou”. Lembra apenas que, ao “acordar”, estava com uma faca na mão, ensanguentada. O objeto usado para matar pai e mãe foi abandonado por ele ao lado dos corpos.
Já era final da madrugada de domingo quando Dean juntou alguns eletrodomésticos e a bolsa da mãe (de onde retirou todo o dinheiro que havia), pegou o Kadett da família e saiu de casa. Rodou pelas bocas de fumo de Guaíba e teria consumido crack durante todo o dia. Estava no fundo do poço de cinco anos de vício e dívidas acumuladas com traficantes locais.
Ao chegar à casa dos Figueiredo, no domingo à noite, a namorada de Dean, uma jovem de 19 anos, também usuária de drogas, se desesperou com o que viu.
Primeiros golpes foram dados no quarto do casal
Ela chamou a Brigada Militar, já imaginando que Dean pudesse estar envolvido. Por volta das 22h, o rapaz, ainda rodando com o carro da família, teve sua atenção chamada para a movimentação da polícia nas proximidades do bairro. Resolveu voltar até lá, mas nem chegou em casa. Teve o carro parado por populares.
Revoltados, eles o teriam arrancado de dentro do veículo e passaram a agredi-lo. Ele acabou salvo com a chegada dos policiais militares, que o prenderam.
A suspeita da polícia é de que a explosão violenta de Dean tenha sido provocada pela negativa dos pais em dar mais dinheiro para ele comprar drogas. E mesmo com os dois mortos, o rapaz foi alimentar o vício.
– Foi um crime extremamente brutal. Sabemos que o vício na droga pode causar reações violentas, mas este caso surpreendeu – afirma a delegada Sabrina Doris Teixeira.
Conforme a análise dos peritos, as agressões aos pais começaram no quarto do casal. Lá estavam as primeiras marcas de sangue e um rastro em direção ao banheiro.
– Acreditamos que o pai tenha sido atacado primeiro, depois de negar lhe entregar o dinheiro. Mesmo ferido, ele e a esposa tentaram se refugiar no banheiro. A mulher tem sinais de defesa. Provavelmente foi atacada já dentro do banheiro – diz a delegada.
Prestes a ser pai, Dean trabalhava como jardineiro e, segundo o seu depoimento, costumava consumir “pitico” (cigarro de maconha com crack) nos finais de semana.
Segundo Dean, apesar de os pais pressionarem para que ele parasse de usar drogas, as brigas não eram tão comuns. Ele alegou ter tido uma discussão mais forte com o pai dois meses atrás, mas sem agredi-lo.
TRAGÉDIA FAMILIAR. Brutalidade de crime, em Guaíba, surpreendeu parentes, amigos e policiais
Diante dos policiais, na Delegacia da Polícia Civil de Guaíba, Dean Patrick de Souza Figueiredo, 19 anos, chorou, arrependido. Depois de mais de duas horas de depoimento, garantiu não se lembrar o momento exato em que esfaqueou os pais Darcílio Guterres Figueiredo, 53 anos (atingido quatro vezes na nuca), e Belonir Terezinha de Souza, 50 anos (esfaqueada oito vezes entre as mãos, o peito e o rosto). Eles foram encontrados no banheiro do imóvel onde residiam, no bairro Logradouro, em Guaíba
Na conversa com os policiais, Dean contou que retornou para casa, no sábado à noite, e encontrou os pais assistindo televisão. Foi à cozinha, colocou água para ferver e “apagou”. Lembra apenas que, ao “acordar”, estava com uma faca na mão, ensanguentada. O objeto usado para matar pai e mãe foi abandonado por ele ao lado dos corpos.
Já era final da madrugada de domingo quando Dean juntou alguns eletrodomésticos e a bolsa da mãe (de onde retirou todo o dinheiro que havia), pegou o Kadett da família e saiu de casa. Rodou pelas bocas de fumo de Guaíba e teria consumido crack durante todo o dia. Estava no fundo do poço de cinco anos de vício e dívidas acumuladas com traficantes locais.
Ao chegar à casa dos Figueiredo, no domingo à noite, a namorada de Dean, uma jovem de 19 anos, também usuária de drogas, se desesperou com o que viu.
Primeiros golpes foram dados no quarto do casal
Ela chamou a Brigada Militar, já imaginando que Dean pudesse estar envolvido. Por volta das 22h, o rapaz, ainda rodando com o carro da família, teve sua atenção chamada para a movimentação da polícia nas proximidades do bairro. Resolveu voltar até lá, mas nem chegou em casa. Teve o carro parado por populares.
Revoltados, eles o teriam arrancado de dentro do veículo e passaram a agredi-lo. Ele acabou salvo com a chegada dos policiais militares, que o prenderam.
A suspeita da polícia é de que a explosão violenta de Dean tenha sido provocada pela negativa dos pais em dar mais dinheiro para ele comprar drogas. E mesmo com os dois mortos, o rapaz foi alimentar o vício.
– Foi um crime extremamente brutal. Sabemos que o vício na droga pode causar reações violentas, mas este caso surpreendeu – afirma a delegada Sabrina Doris Teixeira.
Conforme a análise dos peritos, as agressões aos pais começaram no quarto do casal. Lá estavam as primeiras marcas de sangue e um rastro em direção ao banheiro.
– Acreditamos que o pai tenha sido atacado primeiro, depois de negar lhe entregar o dinheiro. Mesmo ferido, ele e a esposa tentaram se refugiar no banheiro. A mulher tem sinais de defesa. Provavelmente foi atacada já dentro do banheiro – diz a delegada.
Prestes a ser pai, Dean trabalhava como jardineiro e, segundo o seu depoimento, costumava consumir “pitico” (cigarro de maconha com crack) nos finais de semana.
Segundo Dean, apesar de os pais pressionarem para que ele parasse de usar drogas, as brigas não eram tão comuns. Ele alegou ter tido uma discussão mais forte com o pai dois meses atrás, mas sem agredi-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário