COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A CIVILIZAÇÃO ESTÁ EM XEQUE



BEATRIZ FAGUNDES, O SUL

Porto Alegre, Segunda-feira, 09 de Julho de 2012.



Pessoalmente, não gostaria de estar circulando por alguma rua de nossa tão amada Porto Alegre e ser, de alguma forma, a presa de um provável novo "dependente coitadinho", no caso, da tal de nona nuvem.

A imprudência terminou em tragédia na madrugada de ontem na Zona Sul de Porto Alegre. A vítima era o carona do carro. Ele teria aberto a janela do veículo e colocado parte do corpo para fora. O automóvel passou próximo a um poste. O rapaz bateu a cabeça e morreu na hora. O acidente ocorreu na esquina das ruas Glênio Peres e Atílio Supertti, no bairro Vila Nova. A cena pode ser "imaginada" individualmente! É certo que gestos malucos e inconsequentes como esse sempre fizeram parte dos momentos de autoafirmação da juventude em qualquer tempo, mas algumas atitudes definitivamente estão "turbinadas". A civilização está em xeque! Nos Estados Unidos, a polícia alerta contra uma nova droga chamada nona nuvem, que pode ser uma das causas dos ataques canibais, relata o jornal Daily Mail. Se o mundo virtual está brutalmente ameaçado, o dia a dia da humanidade pode estar com sua normalidade destruída: recentemente, a mídia informou de vários casos de ataques de canibais nos Estados Unidos. "Rudy Eugene, rosnando para a polícia, continuava a roer o rosto de sua vítima - um "morador de rua". A polícia atirou e matou Eugene, detalhou o jornal. Em Miami, Brandon de Leon, arreganhando-se, ameaçou comer dois policiais. Em Louisiana, Carl Jakno de 43 anos mordeu a vítima no rosto, cortando com os dentes um pedaço de carne. A polícia suspeita que Jakno tenha consumido a droga nona nuvem, cujo efeito leva uma pessoa a se comportar de forma irracional.

Os "sais de banho" são uma mistura de duas drogas sintéticas, chamadas MDPV (metilenodioxipirovalerona) e mefedrona. "Só não podemos apreender porque a droga não consta como substância proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirmam as autoridades. O MDPV é, pasmem, um inseticida agrícola, mas pode ser injetado, causando efeitos alucinógenos. No Brasil, a mefedrona é conhecida como miau-miau e, segundo especialistas, é utilizada em boates e bares. Pode ser encontrada na internet, em lojas de conveniência e até entre os verdadeiros sais de banho, com sugestivos nomes: pomba vermelha, seda azul, zoom, nuvem nove, neve oceânica, onda lunar, céu de baunilha e furacão Charlie. No caso de Rudy Eugene, o canibal de Miami, as suspeitas do uso de "sais de banho" foram levantadas pelo fato de o homem estar completamente nu enquanto atacava a vítima. A droga acelera o metabolismo e provoca um aumento na temperatura corporal. "Quem consome essas drogas tem a sensação de estar queimando por dentro, então se despe ou tenta se refrescar pulando na água", disse o médico Paul Adams.

No Brasil, não existe legislação que proíba o consumo desses "novos" alucinógenos quando se sabe que também não temos meios de proibir os já existentes. Pessoalmente, não gostaria de estar circulando por alguma rua de nossa tão amada Porto Alegre e ser, de alguma forma, a presa de um provável novo "dependente coitadinho", no caso, da tal de nona nuvem. Sou radical em todas as "coisas", nunca com as pessoas em minha vida. Porém, com toda a certeza, não pretendo, sob nenhuma hipótese, admitir os insuportáveis motivos emocionais que alimentam a sociedade dos "coitadinhos", principais alvos dos traficantes das drogas "canibais". O que não se aceita é a provável fala de nossas autoridades quanto à "nova droga", esperada para os próximos meses. Não duvide, a próxima vítima pode estar entre nossa comunidade. É possível imaginar a cena: vamos chorar enterrando a vítima enquanto usamos todos os argumentos possíveis para "justificar" o assassino. Claro! Queremos garantir que somos "civilizados". Socorro!

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