COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

TRATAMENTO - HOSPITAL OFERECE OFICINAS DE ARTE

COMBATE À PEDRA. Arte para ajudar na luta contra o crack - ZERO HORA 19/04/2011

Hospital Conceição oferece oficinas, além do tratamento médico a viciadas
No início de fevereiro, uma adolescente de 16 anos, grávida, decidiu procurar ajuda após fumar a última pedra de crack da porção que havia roubado de um namorado, que vendia a droga.

Há dias sem dormir, ela procurou o Conselho Tutelar, que a encaminhou à Unidade de Internação Psiquiátrica para Adolescentes do Hospital Conceição (HC), em Porto Alegre. Hoje, no oitavo mês de gestação, ela e outras cinco jovens entre 13 e 16 anos estão desintoxicadas e se preparam para seguir o tratamento contra o vício em outros centros.

O trabalho feito no HC é a fase inicial de uma terapia diária que pode levar anos. Conforme a psiquiatra da Infância e da Adolescência Fernanda Krieger, as pacientes passam cerca de duas semanas em desintoxicação, e tomam sedativos para controlar a abstinência. Ao longo do tratamento, a medicação vai sendo reduzida:

– O acompanhamento médico, psicológico e ocupacional dá conta da complexidade do tratamento contra o crack. As atividades que fazemos mostram às pacientes que elas podem se sentir bem sem estar medicadas – explica Fernanda, para quem as oficinas de arte permitem que as meninas desenvolvam um talento que talvez nem saibam que tenham.

Na tarde de ontem, membros do Núcleo Urbanoide ministraram uma oficina de grafite para as seis pacientes, que pintaram as paredes da sala de convivência da Unidade de Internação Psiquiátrica para Adolescentes. Animadas, cantavam enquanto pincelavam o fundo da pintura que receberia figuras de flores e outras formas.

De acordo com a terapeuta ocupacional Nátali Pfluck, as conversas, atividades manuais e de convivência ajudam asgarotas a retomar o que foi deixado de lado em razão do vício:

– Elas reaprendem coisas da vida cotidiana para cuidarem de si mesmas.

Depois que der à luz, a jovem de 16 anos deve ser transferida para uma comunidade terapêutica, onde se ocupará cuidando da filha e de si mesma:

– Não vejo a hora de ela nascer.

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