ZERO HORA 10 de setembro de 2013 | N° 17549
ERVA POLÊMICA
Inspirada em lei uruguaia, discussão da liberação do consumo da droga é tema de evento na Capital
Defensores e críticos da liberação do consumo de maconha discutem o tema amanhã na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O debate é estimulado pelo projeto de lei que visa ao controle estatal sobre a produção e venda da erva no Uruguai como forma de combater o tráfico.
Oseminário é promovido pelo vereador Alberto Kopittke (PT), autor de um estudo que esquenta a polêmica sobre o assunto. O levantamento aponta que 86,5% da maconha em circulação no Estado passa ao largo das autoridades, ou seja, não é apreendida. O dinheiro arrecadado, conforme o vereador, financia o crime organizado e alimenta a corrupção policial.
Ex-diretor de Políticas e Projetos da Secretaria Nacional da Segurança Pública – órgão do Ministério da Justiça –, Kopittke critica o programa de repressão às drogas no Brasil.
– O ministério precisa discutir uma nova política para as drogas baseada em dados científicos sobre violência e consumo – diz Kopittke.
O vereador também coordenou a elaboração do Plano Estratégico de Fronteiras, em 2011, e reconhece:
– A ideia que originou o programa é equivocada. O plano não tem potência para impactar na queda dos índices de consumo e violência. Deveria ser retomado o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) – lamenta.
Desde que foi criado, em 2007, o Pronasci teve verbas reduzidas em quase 80%.
O seminário A Nova Política sobre Drogas do Uruguai: Avanço ou Retrocesso? será realizado a partir das 19h no plenário da Câmara, com entrada franca. Entre os convidados, Marcos Rolim, consultor em Direitos Humanos e Segurança Pública, Salo de Carvalho, advogado criminal e professor universitário, Helena Barros, professora universitária, e Tião Santos, coordenador da ONG Viva Rio.
OS NÚMEROS. Consumo e apreensões no RS
- A partir de duas pesquisas da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e apreensões, o vereador Alberto Kopittke calculou que 602.390 gaúchos são usuários de maconha.
- O consumo estimado é de 103,1 toneladas por ano. As apreensões (dados de 2011) pelas polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal somaram 14 toneladas, o equivalente a 13,5% do que é consumido.
ERVA POLÊMICA
Inspirada em lei uruguaia, discussão da liberação do consumo da droga é tema de evento na Capital
Defensores e críticos da liberação do consumo de maconha discutem o tema amanhã na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O debate é estimulado pelo projeto de lei que visa ao controle estatal sobre a produção e venda da erva no Uruguai como forma de combater o tráfico.
Oseminário é promovido pelo vereador Alberto Kopittke (PT), autor de um estudo que esquenta a polêmica sobre o assunto. O levantamento aponta que 86,5% da maconha em circulação no Estado passa ao largo das autoridades, ou seja, não é apreendida. O dinheiro arrecadado, conforme o vereador, financia o crime organizado e alimenta a corrupção policial.
Ex-diretor de Políticas e Projetos da Secretaria Nacional da Segurança Pública – órgão do Ministério da Justiça –, Kopittke critica o programa de repressão às drogas no Brasil.
– O ministério precisa discutir uma nova política para as drogas baseada em dados científicos sobre violência e consumo – diz Kopittke.
O vereador também coordenou a elaboração do Plano Estratégico de Fronteiras, em 2011, e reconhece:
– A ideia que originou o programa é equivocada. O plano não tem potência para impactar na queda dos índices de consumo e violência. Deveria ser retomado o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) – lamenta.
Desde que foi criado, em 2007, o Pronasci teve verbas reduzidas em quase 80%.
O seminário A Nova Política sobre Drogas do Uruguai: Avanço ou Retrocesso? será realizado a partir das 19h no plenário da Câmara, com entrada franca. Entre os convidados, Marcos Rolim, consultor em Direitos Humanos e Segurança Pública, Salo de Carvalho, advogado criminal e professor universitário, Helena Barros, professora universitária, e Tião Santos, coordenador da ONG Viva Rio.
OS NÚMEROS. Consumo e apreensões no RS
- A partir de duas pesquisas da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e apreensões, o vereador Alberto Kopittke calculou que 602.390 gaúchos são usuários de maconha.
- O consumo estimado é de 103,1 toneladas por ano. As apreensões (dados de 2011) pelas polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal somaram 14 toneladas, o equivalente a 13,5% do que é consumido.
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