COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

segunda-feira, 5 de março de 2012

DEPENDENTES DE CRACK SE PROSTITUEM E ENGRAVIDAM DE DESCONHECIDOS



Muitas dependentes de crack se prostituem e engravidam de desconhecidos. Lilian Tahan e Almiro Marcos - CORREIO BRAZILIENSE, 05/03/2012 07:18

Lugar de proteção, o útero é o primeiro lar na jornada da existência. Mulheres sadias acolhem, alimentam, confortam seus filhos. As que esculpem suas alegrias, medos, frustrações e fantasias nas pedras do crack se tornam uma ameaça às suas crias. São recorrentes as histórias de viciadas que não suspendem o uso da droga durante a gestação. O veneno que entorpece os sentidos da mãe ultrapassa a placenta e circula pelo corpo em formação. Os fetos são as primeiras vítimas de almas escravizadas pela química.

Os que sobrevivem a abortos induzidos pela substância podem nascer com síndrome de abstinência, insônia, agitação. Alguns terão anemia, retardo mental, má formação. Na infância, enfrentarão dificuldade de aprender. Há chances de crises nervosas, dislexia, distúrbios do sono, hiperatividade. Consequências que filhos do crack herdarão sem escolha.

O uso do crack na gestação causa sérios riscos ao feto

O aumento do consumo do crack entre mulheres e as consequências próprias do uso da droga no universo feminino acenderam o sinal vermelho de profissionais que lidam com o enfrentamento desse problema. A relação intrínseca entre o vício, a prostituição e a gravidez indesejada e, quase sempre, desprotegida, incentiva o debate sobre como evitar que mães dependentes da cocaína em pedra transmitam as consequências nocivas, às vezes letais, e perpetuem a compulsividade pela droga em seus filhos, que podem nascer com síndrome de abstinência, entre outros problemas de sáude.

Uma das iniciativas que autoridades e especialistas começam a discutir é a possibilidade de oferecer às viciadas acesso a contraceptivos de longa duração, como as injeções intramusculares que evitam a gravidez por alguns meses ou até mais de ano. “Esse é um debate que se impõe em função da gravidade que é a gestação entre as usuárias de crack. Será um tema ainda mais polêmico que a distribuição de kits com cachimbo para os dependentes, porque envolve questões de religião, de dogmas, de comportamento. Mas não dá para fugir do assunto”, afirma Mário Gil, subsecretário de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Justiça, que coordena o programa de combate ao crack do Governo do Distrito Federal.

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta segunda-feira (5/2).

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