Alvo da Interpol de volta à ativa
CARLOS WAGNER
Três meses depois de ter um laboratório de crack desbaratado e mais de 400 quilos de drogas apreendidos em um sítio em Candelária, região central do Estado, o traficante Osni Valdemir de Melo, 50 anos, conhecido como Sapo, deu mostra de ter voltado às atividades. Investigações da Polícia Civil apontam que distribuidores do Vale do Rio Pardo e outras regiões voltaram a ser abastecidos de cocaína e maconha pela quadrilha do criminoso, que está na lista de procurados da Interpol (polícia internacional).
Os agentes acreditam que Sapo tenha transferido as suas operações para a fronteira do Brasil com o Paraguai. Ali, os traficantes recebem cocaína de Colômbia e Bolívia e maconha plantada no território paraguaio. Dali, a droga é distribuída pelo Brasil. Graças às conexões com os traficantes dessa região, a polícia gaúcha pediu a ajuda da Interpol para capturá-lo.
– Nós o consideramos o maior traficante gaúcho da atualidade. Ele opera no atacado, abastecendo os distribuidores. E sabíamos que era uma questão de tempo para voltar a fornecer a droga aos seus distribuidores – comentou o delegado Heliomar Athaydes Franco, diretor de investigação do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc).
No início da semana passada, agentes da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Cruz do Sul detectaram a chegada das drogas enviadas por Sapo. O mercado consumidor de drogas do Vale do Rio Pardo é visto pelos criminosos como um dos mais prósperos do Rio Grande do Sul.
O delegado Luciano Menezes, da Defrec, investiga as atividades do traficante há mais de cinco anos. Na época, o traficante era um vendedor de carros usados em Candelária. Em junho, no mesmo município, uma operação da polícia desarticulou parte da quadrilha. Desde então, Sapo está com prisão preventiva decretada pela Justiça.
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