COMPROMETIMENTO DOS PODERES

As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A CIDADANIA AMEAÇADA

EDITORIAL DIÁRIO CATARINENSE, 09/11/2011

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que em oito de cada 10 cidades catarinense os índices do consumo de droga são altos. O entorpecente mais usado em 86% desses municípios é o crack, cujos efeitos sobre a saúde são devastadores. Os números chocam. Mas não surpreendem. Nem será exagero dizer que, de certa forma, já eram até esperados por quem acompanha o noticiário. Vale sublinhar que o consumo e o tráfico da droga estão intimamente associados à disparada das estatísticas da criminalidade e da violência no Estado. Ainda mais grave é o fato de que suas vítimas preferenciais são os adultos mais jovens, os adolescentes e até mesmo as crianças, usadas pelos traficantes na sua sinistra mercancia.

É urgente e necessário investir, com planejamento e consistência, em políticas de prevenção. Este é um trabalho que deve começar bem cedo, nos lares e nas escolas. Em cidades que apostaram na prevenção – sem descurar da repressão –, das quais São Bento do Sul é um exemplo, o consumo de drogas é baixo ou quase nulo, segundo a CNM.

As drogas – e o crack acima de todas as demais – contaminam o tecido social, turbinam a violência e o crime, degradam a qualidade de vida. Se, antes, o mal se concentrava nas áreas periféricas e de baixa renda dos maiores aglomerados urbanos, hoje ele fustiga, com igual intensidade, também cidades de médio e pequeno porte e ataca com igual virulência todas as classes socioeconômicas.

A repressão enérgica e permanente ao tráfico há que ser prioridade nas políticas de segurança pública. Impõe-se atuar com planejamento, com competentes serviços de inteligência e com o permanente intercâmbio de informações entre as corporações que têm por missão defender a cidadania e a paz social.

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