COMPROMETIMENTO DOS PODERES
As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
ÓXI - AVANÇO RÁPIDO ASSUSTA
Avanço rápido assusta especialistas - ZERO HORA 13/05/2011
As características da nova onda tóxica que atinge o país provocam alarme entre médicos e representantes de entidades antidrogas. O receio é de que o maior poder de destruição e o menor preço coloquem em xeque os esforços feitos até o momento – e sem grande sucesso – para barrar o crack.
Um dos maiores especialistas brasileiros em dependência química, o professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo Ronaldo Laranjeira, se confessa estupefato com a escalada do óxi – que em poucos meses se alastrou de Norte a Sul.
– Se há dois meses me perguntassem se poderia haver coisa pior do que o crack, eu diria que não. Incrivelmente, o óxi tem uma tecnologia de produção mais tosca, é mais barato e mais potente – declara.
A previsão do especialista é de que o novo entorpecente vai se disseminar principalmente entre quem já é usuário de droga e se encontra em situação vulnerável. O problema é que a rede de atendimento terá de enfrentar, a partir de agora, um inimigo ainda mais poderoso na luta contra a drogadição.
– O que está muito ruim vai ficar pior. Em 10 anos, não tivemos um programa decente do governo federal contra o crack, então agora vamos ficar mais perdidos ainda – avalia Laranjeira.
Diretor-executivo do Instituto Crack Nem Pensar, Alceu Terra Nascimento também acredita que a versão ainda mais suja da cocaína é “uma dificuldade a mais” em um cenário já desconfortável.
– O crack continua crescendo. Melhoramos a mobilização da sociedade, a articulação dos órgãos diretamente ligados a esse problema, o que já é uma boa notícia, mas pouca coisa vem acontecendo na prática – acredita Nascimento.
O psiquiatra gaúcho Flavio Pechansky afirma que os especialistas ainda precisam estudar melhor o impacto do óxi no organismo, mas arrisca estimar o perfil dos pacientes que deverão começar a bater nas portas das clínicas em pouco tempo:
– Como a mistura é muito mais letal, provavelmente os dependentes serão ainda mais desorganizados. Terão mais lesões mentais e físicas, principalmente nos pulmões.
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