Operação Dilúvio: polícia prende gerentes do tráfico em condomínios populares da Capital. Financiador do comércio de drogas ainda é procurado - zero hora, 16/06/2011 | 11h16min
Pelo menos oito pessoas foram presas nesta manhã na Operação Dilúvio, realizada nos condomínios populares Princesa Isabel e Vila Planetário, em Porto Alegre. Entre eles, estão os dois homens que gerenciavam o tráfico de drogas em cada área.
Segundo o delegado Mario Souza, titular da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), que coordena a ação, as buscas ao financiador do comércio ilegal, que viveria em uma mansão em Canoas, continuam.
Cerca de 180 policiais cercaram, nesta manhã, os dois condomínios, que ficam nas imediações do bairro Santana. Na ação, foram apreendidos quase quatro quilos de maconha, 295 pedras de crack, cerca de R$ 3 mil em notas de pequeno valor, vários aparelhos eletroeletrônicos e mais de 20 seringas para o uso de drogas.
Os condomínios foram fechados durante a ação de combate à venda de maconha, cocaína e crack. Segundo a polícia, ninguém entrava ou saía das áreas sem antes passar por revista e houve buscas em todas as residências.
Conforme o delegado Heliomar Franco, diretor operacional do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), as investigações duraram quatro meses. As evidências apontam que os apartamentos dos moradores eram usados como centros de armazenamento e distribuição de drogas e o esquema funcionava com um sistema de rodízio, no qual os residentes eram obrigados a ceder o imóvel.
— O condomínio [Princesa Isabel] estava sob controle dos traficantes, que exercem um poder paralelo e domínio sobre os moradores — afirmou o delegado.
Mandados também foram cumpridos no bairro Menino Deus e Vila Intercap, na Capital, e Rio Branco e São José, em Canoas.
Pelo menos 180 policiais participam da ação. Foto: Ronaldo Bernardi
COMPROMETIMENTO DOS PODERES
As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.
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