WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL
Porto Alegre, Sábado, 21 de Janeiro de 2012.
Fora algum detalhe fosforescente no discurso, não é possível detectar algo de concreto nas fanfarras de combate ao crack.
A tal ação do governo federal contra o crack, através do Ministério da Justiça, que terá uma espécie de plano piloto em Porto Alegre, por enquanto, salvo se ocorrer uma grande reviravolta, está no campo da conversa fiada. Nenhuma data marcada, nenhum norte definido, nenhum encontro determinado, pouquíssimos nomes apontados e entre eles nenhum especialista renomado no assunto. Enfim, ausência total de organograma.
O valor previsto para o Estado no orçamento de 2012 para o combate às drogas é de R$ 42 milhões, ou seja, pouco mais do pacote de dinheiro que, há alguns meses, antes do governo Tarso Genro, evaporou misteriosamente dos cofres do Detran gaúcho. Coisa pouca, portanto.
Independente desta nebulosidade, aqui da minha torre insisto na estranheza diante do fato de o governo ter deixado a Secretaria da Educação de fora do grupo que montará o Plano Estadual de Combate ao Crack. Professores, alunos, funcionários e mesmo os pais da rede escolar estão constantemente sendo cercados, ameaçados e agredidos por traficantes e seus agentes. Escolas são saqueadas por traficantes e consumidores de drogas. Agora, no momento da discussão e montagem de um plano, até mesmo da conversa fiada a pasta da Educação foi alijada. Muito estranho.
Barbárie
A mulher de 64 anos, identificada como Regina Maria Antonazzi, assassinada em sua casa, na avenida Rio Grande, Centro de Imbé, possivelmente foi vítima de latrocínio. O corpo de Regina foi encontrado na cama com uma corda no pescoço e os pés e mãos amarrados.
Tráfico
Numa operação noturna, o Denarc prendeu um traficante chamado no Território da Paz da Restinga. Foi apreendido um carro além de crack, cocaína, eletrônicos. Em São Martinho, Noroeste do RS, quatro pessoas foram presas com 150 quilos de maconha. A Brigada Militar acredita que a droga entrou no Estado pela fronteira com a Argentina.
Cacos
Continua viva a discriminação no CVMI/BM (Corpo Voluntário de Militares Inativos da Brigada Militar). Alguns ganham diária de viagem, outros não. Há os felizardos que são contemplados com diárias na Operação Golfinho. Para os que não têm privilégios ficam com o vexaminoso salário de R$ 519,00. Esses voluntários são tratados pelo Comando-Geral da corporação como cacos da reserva.
COMPROMETIMENTO DOS PODERES
As políticas de combate às drogas devem ser focadas em três objetivos específicos: preventivo (educação e comportamento); de tratamento e assistência das dependências (saúde pública) e de contenção (policial e judicial). Para aplicar estas políticas, defendemos campanhas educativas, políticas de prevenção, criação de Centros de Tratamento e Assistência da Dependência Química, e a integração dos aparatos de contenção e judiciais. A instalação de Conselhos Municipais de Entorpecentes estruturados em três comissões independentes (prevenção, tratamento e contenção) pode facilitar as unidades federativas na aplicação de políticas defensivas e de contenção ao consumo de tráfico de drogas.
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